quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DECIBÉIS



A vida que grita no silêncio de todas as tardes,
que berra nos desassombros,
que faz alarde.
A vida que temos na agenda dos dias,
matéria fina, substrato incomum.
A vida que assina o tempero dos sonhos,
que anda na ponta dos pés
pra não acordar os amantes.
A vida urgente que não espera recado
nem deixa bilhete.

2 comentários:

  1. Aos que fazem da arte a sua vida!
    Aos que se entregam aos caprichos das palavras!
    O dom da poesia nos tira dessa insanidade.
    Nos livra da falta de sentimentos.
    Nos permite bailar nos precipícios.
    Nos equilibrarmos no tênue e frágil balanço da partida!
    Desafiando a rotina
    Bradando aos 4 ventos como menestréis
    Desafiando a lei do silêncio
    Elevando a voz sem preocupação com decibéis.
    Viva os que se expõe em carne viva!

    Beijos meu amor!

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  2. Escrever
    desligar o holofote dos dias.
    Enamorar-se de seu vazio.
    Pra que serve o desvario
    os devaneios,
    a dança de uma história
    que não freia?
    Onde vai parar a flecha da existência,
    e a fome que levamos no olhar?




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