quarta-feira, 25 de julho de 2012

EXTRA, EXTRA!!!



Dia nove.
Novas notícias.
Do seu coração
partem tristes novidades para mim:
A partir de agora,
não serão mais emitidas
ondas de luz e calor.
O namoro será interrompido,
os abraços suspensos
e os beijos proibidos.
A partir de agora, diz o decreto:
Não serão permitidos
toques, surpresas e carícias.
Amassos fazem parte do passado.
Revogam-se os amores, as mordidas
e gargalhadas em geral.
A partir de agora,
os sonhos serão silêncio
e o amor será saudade.


06.07.2001

8 comentários:

  1. Mas o que é isso que estou lendo, preocupadamente, algo pessoal? Beijos.

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  2. Nada disso, Angelítica. Este poema foi escrito em 2001, em um outro contexto. Estou desencavando algumas coisas. Obrigado pela visita.Beijos.

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  3. Amor,
    Juntos dividimos a vida, inquietações e incertezas.
    Dores fazem parte do aprendizado.
    Que a busca seja profícua!
    Que o amor nos proteja e opere proezas!
    Beijos de paixão!

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  4. Amor, beijos de paixão sempre,
    mas prefiro uma busca mais simples.
    Assim, estaremos naturalmente protegidos pelo amor
    e nem precisaremos "operar proezas"
    porque seremos plenos de beleza,
    nem sempre compartilhando as mesmas inquietações,
    mas dando ao mundo a nossa assinatura
    e a nossa maneira de amar.
    Beijos.

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  5. Amor, mesmo sendo opostos e por causa disso mesmo nos atraímos!
    Diferenciação e afirmação dos egos satisfazem a vaidade!
    A lógica cartesiana não anula o que sentimos.
    O que torna especial a existência humana é a diversidade!
    Prefiro quando a vida se mostra plural e inclusiva!
    As proezas se manifestam no prazer que dividimos.
    Conciliar as diferenças e conviver com a imperfeição,
    acredito que são atitudes que merecem a minha assinatura viva!
    Beijos!

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  6. Sim, Nathalia. Você está certa quando fala da atração dos opostos, "da afirmação dos egos que satisfazem a vaidade, da lógica cartesiana que não pode anular o que sentimos", do tempero da diversidade, do quanto é bom a "vida plural e inclusiva", a divisão simbiótica do prazer, "a conciliação das diferenças", a generosa contribuição de nossas imperfeições e a caligrafia que faz a sua assinatura ser especialmente viva; tudo isto é poético, poroso e faz um bem danado. Mas é que as palavras tem peso e não me senti muito confortável me imaginando em uma "busca profícua", pois acho que a caminhada será mais leve se for gratuita e não necessariamente útil ou proveitosa.
    Ou então porque a palavra “profícua” possui um quê de parnasiano, um verniz de formalidade que provoca estranhamento. Só isso. São algumas considerações que em nada diminuem o amor que sinto por você.Beijos

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  7. Desejo leveza e simplicidade
    pra transformar as controvérsias
    alquimicamente em poesia.
    Orgasmos múltiplos para comemorar
    a libertação das tranqueiras
    que não temos que carregar!
    Criando expectativas surreais
    sobre o que o outro nos dará,
    subvertemos a verdadeira ordem.
    Sejamos o que somos
    sem esperar nada em troca.
    Sejamos instrumentos de doação.
    Ofereçamos o fruto da nossa árvore
    gratuitamente, generosamente.
    Assim a corda se estica e se molda
    sem se arrebentar e sem se perder.
    Despudoradamente e libidinosamente.
    Como o prazer da flor é se oferecer,
    doar seu néctar para o beija-flor
    que poliniza a terra,
    espalhando seu amor.
    Paz e liberdade!
    Beijos

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