Dia nove.
Novas
notícias.
Do seu coração
partem tristes
novidades para mim:
A partir de
agora,
não serão mais
emitidas
ondas de luz e
calor.
O namoro será
interrompido,
os abraços
suspensos
e os beijos
proibidos.
A partir de
agora, diz o decreto:
Não serão
permitidos
toques,
surpresas e carícias.
Amassos fazem
parte do passado.
Revogam-se os
amores, as mordidas
e gargalhadas
em geral.
A partir de
agora,
os sonhos
serão silêncio
e o amor será
saudade.
06.07.2001
06.07.2001
Mas o que é isso que estou lendo, preocupadamente, algo pessoal? Beijos.
ResponderExcluirNada disso, Angelítica. Este poema foi escrito em 2001, em um outro contexto. Estou desencavando algumas coisas. Obrigado pela visita.Beijos.
ResponderExcluirAh, bom! Beijos.
ExcluirAmor,
ResponderExcluirJuntos dividimos a vida, inquietações e incertezas.
Dores fazem parte do aprendizado.
Que a busca seja profícua!
Que o amor nos proteja e opere proezas!
Beijos de paixão!
Amor, beijos de paixão sempre,
ResponderExcluirmas prefiro uma busca mais simples.
Assim, estaremos naturalmente protegidos pelo amor
e nem precisaremos "operar proezas"
porque seremos plenos de beleza,
nem sempre compartilhando as mesmas inquietações,
mas dando ao mundo a nossa assinatura
e a nossa maneira de amar.
Beijos.
Amor, mesmo sendo opostos e por causa disso mesmo nos atraímos!
ResponderExcluirDiferenciação e afirmação dos egos satisfazem a vaidade!
A lógica cartesiana não anula o que sentimos.
O que torna especial a existência humana é a diversidade!
Prefiro quando a vida se mostra plural e inclusiva!
As proezas se manifestam no prazer que dividimos.
Conciliar as diferenças e conviver com a imperfeição,
acredito que são atitudes que merecem a minha assinatura viva!
Beijos!
Sim, Nathalia. Você está certa quando fala da atração dos opostos, "da afirmação dos egos que satisfazem a vaidade, da lógica cartesiana que não pode anular o que sentimos", do tempero da diversidade, do quanto é bom a "vida plural e inclusiva", a divisão simbiótica do prazer, "a conciliação das diferenças", a generosa contribuição de nossas imperfeições e a caligrafia que faz a sua assinatura ser especialmente viva; tudo isto é poético, poroso e faz um bem danado. Mas é que as palavras tem peso e não me senti muito confortável me imaginando em uma "busca profícua", pois acho que a caminhada será mais leve se for gratuita e não necessariamente útil ou proveitosa.
ResponderExcluirOu então porque a palavra “profícua” possui um quê de parnasiano, um verniz de formalidade que provoca estranhamento. Só isso. São algumas considerações que em nada diminuem o amor que sinto por você.Beijos
Desejo leveza e simplicidade
ResponderExcluirpra transformar as controvérsias
alquimicamente em poesia.
Orgasmos múltiplos para comemorar
a libertação das tranqueiras
que não temos que carregar!
Criando expectativas surreais
sobre o que o outro nos dará,
subvertemos a verdadeira ordem.
Sejamos o que somos
sem esperar nada em troca.
Sejamos instrumentos de doação.
Ofereçamos o fruto da nossa árvore
gratuitamente, generosamente.
Assim a corda se estica e se molda
sem se arrebentar e sem se perder.
Despudoradamente e libidinosamente.
Como o prazer da flor é se oferecer,
doar seu néctar para o beija-flor
que poliniza a terra,
espalhando seu amor.
Paz e liberdade!
Beijos