O xadrez é igual a uma escultura
em que não é só
a massa bruta que conta
e sim, o vazio, os contornos, as
sombras.
No xadrez não é só o lance jogado que
importa.
O lance não-jogado faz parte do jogo
também.
Ele é a sombra da escultura,
o não-ser da arte.
Ele é o processo mental
eletrizado nas nuances
e opções que não puderam ser
escolhidas.
O xadrez é infinito.
Um labirinto de escolhas.
Uma trama de espaços.
O xadrez, com suas sombras,
é uma escultura talhada no ar
que o raciocínio
toma de empréstimo
FEV/98
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