domingo, 8 de julho de 2012

SINAIS




As madrugadas me dão o pretexto.
Vasculho palavras nas entrelinhas de meu texto.
Placas indicam a presença de metáforas.
Daqui pra frente o risco é meu.
Não é possível deixar a vida entre parênteses
e usar figuras de linguagem pra dissecar todas as dores.
Elas são anteriores.
Habitam terras devolutas, atrás da pele dos desejos.
Muitas vezes se camuflam em sinais que não entendo.
Quase sempre são remendos,
reticências que ficaram esquecidas no caminho.
Quem assina o desvario e sobrevive nessa história?


30.06.12

3 comentários:

  1. Bom-dia, poetinha maior!
    Quando vejo que há coisa nova sua, já fico meio arrepiada, sabendo de antemão que vem beleza pela frente.
    Beijos.

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  2. Obrigado, Angela. Desse jeito, vou acabar explodindo! Depois comento com mais calma as suas palavras.Beijos

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  3. Minha vida,
    Gosto dessa levada
    Delineada em finos gestos
    Onde se inscreve em pergaminhos
    A nossa história enluarada
    Decodificamos os sinais
    Que se enroscam no tempo
    Namoramos em inusitados caminhos
    Quem diria que os dribles
    Dariam conta do recado?
    Esse fogo chama pra dança
    Nos lança no centro da arena
    Enfrenta o risco dos desejos
    E se declara livre e purificado

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