Meu coração não sabe nada de Geometria.
Ama desmesurado.
Ignora simetrias.
Bate um tambor medieval
no centro de uma aldeia inexistente.
É assim que meu coração se faz presente.
Não são navegáveis os rios
por onde ele passa.
Não são confiáveis as dores
que abraçam as escarpas
e ficam retidas no entorno do mundo.
Não é novidade o grito escondido na pedra.
Seus loucos disfarces em forma de reza.
Sua fome sem nome que seca na terra.
Somos românticos incorrigíveis
ResponderExcluirO coração teima e se embrenha de novo
Brinca de esconde- esconde da gente,
Mostra-se acanhado em sonhos impossíveis
O sentimento não cumpre acordos
Derruba os tabus, encara a barreira.
Às vezes volta atrás e depois vai em frente,
Desmente a razão, capricha e titubeia.
Ah coração vagabundo!
Sofre, se rasga, mas não renega o que sente
Diante da gritaria surda do mundo.
Beijos insubordinados e saudosos.