Me sinto só com meus jornais
e o desejo de saber das notícias da aldeia,
dos murais de nossa história.
Me sinto só no meu trabalho,
massacrado pela falta de amigos,
engolido por tarefas movediças.
Me sinto só em minha vida,
gastando os dias de um calendário
que não escolhi,
queimando sonhos em noites
que nem vivi,
vagando por escombros de poemas mal nascidos,
cavando trincheiras de uma guerra já perdida.
15/03/2010
Sós com a bravura e a loucura.
ResponderExcluirSolidão é uma canção.
A alma reflete o sol que desejamos
Vamos dinamitar o prédio
Que nos encarcera e isola!
Loucos somos e ousamos.
Ouçamos a voz do coração
Que grita e se eleva na rotina
Vislumbramos uma ponte de união
Com outros seres que buscam afeto
Queremos ser amados e amamos
Guardamos a fome do exílio
O olhar traz o brilho estampado na retina
Sonhamos com a poesia que nos salvará do tédio.
O amor é a promessa de volta ao idílio.
Mas quanta solidão é essa?
ResponderExcluirVocê tem sempre uma ótima companhia,a sua;a de seus filhos maravilhosos e ainda uma poetisa que rebate poesia com poesia!
Xô solidão! A mim, a música, e-mail e livros me fazem excelente companhia.
Angela, a solidão a que me refiro é a da existência. Por mais que tenhamos o mundo a nos fazer companhia(livros, filmes, filhos, amores etc) é com o nosso interior que prestamos contas no final. Este poema foi escrito em uma época muito difícil no meu trabalho e eu transportei aquela aridez para o papel. Só isso. Não vou deixar de ser um eterno apaixonado pela vida por causa de um simples poema...Afinal, as palavras quase nunca conseguem retratar com fidedignidade absoluta o substrato de que somos formados.
ResponderExcluirObrigado pela visita.Beijos.