sábado, 9 de junho de 2012

PAPEL



  
                              Um pedaço de papel me pede palavras
                              que cubram sua pele
                              com um tecido de letras manufaturado
                              nas oficinas do coração.
                              Não há ruídos nessa fábrica.
                              O silêncio fala mais alto
                              e o poema nasce num sobressalto,
                              embrulhado num manto
                              de estrelas vivas e sonhos inquietos.
                              O poema rompe casulos imaginários,
                              espreguiça calores intraduzíveis
                              e não se pergunta
                              porque veio até aqui.


2 comentários:

  1. O amor em forma de poesia,
    Colore o cotidiano e o instiga
    Insinuando sons e tons
    Invertendo a polaridade dos sentimentos
    Promovendo a paz desfazendo a briga
    Libertando de antigos lamentos
    Lançando o espírito às montanhas mais altas
    Avistamos paisagens exóticas
    Passeamos por lugares nunca antes visitados.
    Toda essa dialética nos descortina
    Possibilidades de ver a vida sob novos ângulos
    Nos fazemos mais ricos e generosos
    Capazes de olhar o outro com olhos de compaixão.
    É isso o que o meu coração carrega
    E que derrama sobre você.

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  2. Vamos tecendo fios de amor com palavras que recolhemos pelo caminho.
    Olhamos a paisagem e incluímos no cenário de nosso querer
    a fome de beijos que se acharam.
    Beijos.

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