quinta-feira, 14 de junho de 2012

DECRETO




                               Nesta noite de outono,
                               travestida de verão,
                               palavras descem as escadas
                               de meus interiores
                               e desabam, exaustas,
                               na primeira folha de papel.
                               Não controlo
                               o movimento
                               de meus dedos.
                               Expulso meus medos.
                               Proclamo a anarquia
                               a rainha de meus dias
                               e decreto liberdade perpétua  
                               para todos os sonhos.

5 comentários:

  1. Maravilha! Que eles permaneçam libertos, mantendo ocupados seus dedos e satisfeitos nossos espíritos!
    Parabéns!
    Abraços, Luiz

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  2. Mestre Luiz! Obrigado pelo apoio de sempre! Suas palavras são essenciais. Armam tendas pacíficas na guerrilha de todos os dias.
    Grande abraço!

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    Respostas
    1. AMEI essa história das palavras descerem as escadas de seu interior e desabarem na folha de papel...
      Posso colocá-lo no meu blog, como escritor convidado?

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    2. Mas é claro, Angelítica! Será uma grande honra! Aos poucos vamos aumentando as trocas, embaladas pela ventania de palavras, todas elas docemente imprevisíveis... Beijos

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  3. Sua poesia arrebata,
    Exorta-nos a anarquia,
    Expulsa os demônios e os medos!
    Obedeça a ordem dos dedos:
    Solte as palavras,
    Que em procissão
    Ganham as ruas
    Reinam nos altares
    E enfim
    Conquistam a liberdade!

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